Por Kim Jesus.
Como se define a obesidade?
A obesidade é caracterizada quando o indivíduo acumula gordura corporal em excesso. Para identificar se o indivíduo está obeso ou não, é comum utilizar o parâmetro índice de massa corporal (IMC), método utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O IMC é calculado dividindo-se o peso da pessoa pela sua altura elevada ao quadrado , se o resultado do IMC estiver entre 18,5 e 24,9, pode-se afirmar que o peso é normal, de 25 até 29,9, são reconhecidas como acima do peso. Já aqueles que apresentarem IMC igual ou superior a 30 são considerados obesos.
Segundo as estatísticas, o Brasil tem cerca de 15,8% de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 48,5%, o que é fator preocupante.
São inúmeras as causas que levam o indivíduo a desenvolver a obesidade, tais como: Fatores hereditários, má alimentação, sedentarismo entre outros.
A pessoa obesa é mais propensa a desenvolver sérias doenças como: Diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão e outras mais. A principal doença desenvolvida pelas pessoas com excesso de peso é a do coração, que desencadeia uma série de patologias vasculares como, a hipertrofia ventricular que é o aumento do músculo do coração por excesso de trabalho. A hipertrofia pode evoluir para insuficiência cardíaca gerando arritmia e podendo aumentar o risco de um acidente vascular cerebral e morte súbita.
Segundo um estudo americano, 75% dos obesos são hipertenços, isso se deve ao fato da alta produção de insulina, (motivo pelo qual algumas pessoas com excesso de peso não são diabéticas). De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertenção, o problema é o causador de mais de 40% das mortes por ascidente vascular cerebral.
Uma pesquisa divulgada pelo American Jornal of Medicine, em 2005 mostrou que os pacientes obesos tinham 2,5% vezes mais chance de ter trombose do que os indivíduos não obesos e este risco foi maior entre as mulheres obesas do que os homens obesos(2,75 contra 2,02respectivamente) e entre as pessoas obesas com menos de 40 anos, em relação aos mais velhos.
Apneia:
Apneia é a parada respiratória involuntária durante o sono, bastante comum em pessoas com obesidade mórbida, o fato ocorre devido o acúmulo de gordura no pescoço, provocando o estreitamento da faringe o que facilita o fechamento involuntário durante o sono. Em consequência disso, o indivíduo não tem uma noite de sono normal, e os problemas durante o dia aparecem na foma de cansasso, pressão alta, falta de consentração, etc.
A depressão é outro mal que acompanha cerca de 89% das pessoas obesas, principalmente na adolescência e entre as mulheres devido a baixa autoestima, o que dificulta a socialização.
Problemas de infertilidade e na gravidez:
Devido o excesso de peso, as mulheres apresentam uma produção anormal de hormônios o que desencadeia uma série de problemas relativos à gravidez, provocado pela alta taxa de gordura no corpo. Os ciclos menstruais ficam desregulado, maior dificuldade de engravidar, a gravidez torna-se de alto risco aumentando a probabilidade de aborto, sem contar os riscos na formação do bebê que pode nascer com problemas congênitos.
Diabetes do tipo 2:
Segundo as estatísticas, no Brasil há aproximadamente 10 a 11 milhões de diabéticos, o que representa cerca de 5% da população, e dentre estas, 70% apresentam excesso de peso. O diabetes tem fatores genéticos, com tudo, pessoas que apresentam estar acima do peso tem maior chance de apresentar o diabetes. Isso ocorre devido o excesso de gordura no corpo, que ocasiona uma resistência a ação da insulina (hormônio que auxilia o organismo a regular os níveis de glicose).
Portanto, aqui listamos apenas algumas doênças provocadas pelo excesso de peso, cabe ao indivíduo previnir-se contra estes males.